sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Poesia de pedestre




sou pura noite, vagabundagem
no concreto
não pretendo ser feliz
é a terceira vez que morro
nessa vida de cometa

religião é coisa de fraco
poeta trança na crença
na rua das noites que atravesso
não hesito a minha espora

preguiça de sol é luz imunda
de meus dias a pé e longe
meu único tédio
que ninguém visita

na faixa branca de pedestre
rezo pelo reformato lúcido
do inferno e do céu

Um comentário:

Alice, a convidada disse...

uma das minhas favoritas!
senão A favorita!

saudade de vc e suas palavras.

besitos,
kk