quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Diversos


flores roubadas de manhã
avançam em seus olhos dorminhocos
no estômago cafeína e cigarro
um protetor higiênico

no vidro da janela está a náusea
do ônibus que balança sua estima
o mínimo de salário um chute na cabeça

motivos são listras que explicam
mas não resolvem as contas do mês
lá da cozinha eu grito
sou surrealista-simbolista
alegre que daqui mesmo viaja
na dor social e urbana dos anos

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